Seguindo os posts que a gente conta sobre alguns workshops, dessa vez vamos entrevistar a Nicas, que participou de um workshop sobre a LomoKino, também na Lomo Store de São Paulo.

Eu conheço a Nicas tem muito tempo, de verdade! A gente estudou (e dividiu merenda) lá pelos idos da 2ª série. Depois perdemos o contato, e fomos nos reencontrar por blogs, bons anos depois. Ela foi no último encontro do Lomogracinha e quando disse que havia participado desse workshop, achei que seria perfeito fazer parte desse post!

A Nicas é dona de uma Nikon e algumas analógicas, sempre conta suas experiências fotográficas em seu blog e Flickr, e atualmente está estudando em Honk Kong, uau! Ela respondeu algumas perguntas pra gente, então vamos lá:

1. Você sentiu dificuldade em manusear a câmera?
A Lomokino não é uma das coisas mais fáceis de mexer. Ela tem o viewfinder em cima, que de dá uma idéia do enquadramento, mas ele deve ser usado só pra consultar mesmo, ficar olhando constantemente por ali te deixa sem posição pra manusear nada. Na hora também parece que vai sair tudo bem tremido, porque a manivela é um pouco dura de girar, mas quando peguei o filme pronto, o resultado saiu bem melhor que o esperado.

2. Colocação do filme, foi difícil?
O filme dela é colocado do ao contrário das câmeras comuns, porque ele é passado por dois carretéis. O Gabriel (gerente da loja), foi super atencioso nessa parte e ajudou um por um para garantir que estivesse tudo certinho.

3. O que você achou mais complicado?
Entender o timing da máquina. A gente que determina a velocidade do filme e o número de frames usados, demora um pouco pra você deixar com um rítmo constante e, principalmente, calcular o quanto do rolo já foi. Depois que peguei os negativos, vi que acabei deixando em branco alguns pedaços de filme (acho que rodei determinados pedaços rápido demais).

4. O filme foi feito a noite ou de dia? Ele deu dicas para filmes noturnos?
Foi feito de dia e tinha bastante sol, mas o Gabriel deu a dica de deixar direto na maior abertura, por conta das sombras dos prédios da região onde filmamos (Paulista), mas isso acabou deixando alguns trechos do filme mega estourados. Usamos o Fuji Superia 400 e para regiões de menos luz ele só aconselhou aumentar o ISO.

5. Suas considerações finais
É uma câmera divertida, mas eu não sei se compraria. Ela usa muito filme e acaba tendo um uso muito específico, que acabou não me interessando muito, mesmo depois do Workshop.

Revelei o filme na própria loja (o pacote “revelação + scan + montagem dos frames em .mp4” saiu R$27), mas se você revelar em outro lugar, o site deles tem uma lista de tutoriais de como juntar os quadros em formato de filme (parece que tem uma ferramenta online da Lomography pra isso, mas não achei nenhum link).

[youtube video=EXSOgRkfFxw]

Pra quem se interessou mais, ela ainda mandou o vídeo final, e a Julie já fez um post sobre sua experiência com a LomoKino, nesse link. ;)